sábado, 6 de fevereiro de 2010

Crescimento da população portuguesa em estado de quase estagnação

Crescimento da população portuguesa em estado de quase estagnação (RTP)

O Anuário Estatístico Regional refere que a população residente em território nacional está estimada em mais de 10,6 milhões de habitantes com regiões a registarem algum crescimento, embora moderado, mas outras a mostrarem mesmo um decréscimo populacional.

As regiões de Lisboa e do Algarve são duas das que registam algum crescimento, 0,86 por cento para Lisboa e 0,39 por cento para o Algarve, mas as regiões do Alentejo e Centro estão em oposição sendo as duas únicas zonas a mostrar um decréscimo populacional.

“No final do ano passado, a estimativa da população residente em Portugal apontava para 10.627.250 indivíduos, o que traduz uma quase estagnação demográfica por comparação com 2007. De novo foram os imigrantes que evitaram, mas por muito pouco, o declínio da população portuguesa.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de crescimento efectivo voltou a abrandar ao longo de 2008 e situou-se num valor residual de 0,09%. E mais uma vez, foram os imigrantes, que têm sustentado o crescimento do “stock” demográfico na última década, que evitaram que a curva da população portuguesa se invertesse.

Segundo o INE, em 2008, "em resultado de uma taxa de crescimento migratório de 0,09% e de uma taxa de crescimento natural praticamente nula (a diferença entre nascimentos e mortes foi de apenas 314), a taxa de crescimento efectivo foi de 0,09%, o que reflecte um novo abrandamento no crescimento da população", que havia sido de 0,17% no ano anterior.

“A evolução da população residente em Portugal tem vindo a denotar um continuado envelhecimento demográfico, como resultado das tendências de aumento da longevidade e de declínio da fecundidade”, resume o INE”.


Notícia seleccionada por: Marta Serra nº 18 12ºD

3 comentários:

  1. A notícia que retirei o site da RTP, no dia 4 de Fevereiro de 2010, refere-se ao crescimento populacional que se tem verificado em Portugal, nos últimos anos. Tal como estudámos nas aulas e se compreende através da notícia, o nosso país apresenta taxas de mortalidade e de natalidade muito reduzidas e próximas, levando a que o crescimento demográfico seja insignificante.
    Segundo a notícia, o crescimento populacional que se registou no ano de 2008 foi de apenas 0,09% do valor da população no ano anterior, sendo os imigrantes o grupo que contribuiu para que o crescimento não fosse nulo ou mesmo negativo. É interessante analisar que no ano anterior o crescimento foi de 0,17% e que agora diminuiu para 0,09%, verificando-se assim uma tendência para a estagnação. Regiões como Lisboa e Algarve apresentam ainda um crescimento positivo, ao contrário de regiões como o Alentejo e o Centro que já evidenciam um decréscimo populacional.

    As causas deste crescimento da população praticamente nulo e do envelhecimento da população prendem-se com as “tendências de aumento da longevidade e de declínio da fecundidade”, tal como está confirmado pelo INE no último parágrafo da notícia. O desenvolvimento da medicina contribuiu para o aumento da esperança média de vida, enquanto que os novos padrões culturais, o casamento tardio e sem filhos, os custos inerentes à criação de filhos e o investimento na carreira dos homens e, principalmente, das mulheres vieram contribuir para o declínio da fecundidade. O envelhecimento da população é encarado como um grave problema da sociedade, visto que contribuirá para o aumento das despesas com a saúde, levará à diminuição da população activa e, por isso, à diminuição da riqueza criada e que poderá conduzir à falência do sistema da Segurança Social, devido ao menor número de contribuintes e ao maior número de pensionistas e reformados.

    Segundo as fases de crescimento demográfico criadas pelo demógrafo norte-americano Warren Thompson, Portugal, a par de países como a Espanha, o Reino Unido e a Suécia, encontra-se na 4ª fase, sendo as suas taxas de natalidade e de mortalidade muito reduzidas e próximas, contribuindo para um crescimento muito reduzido. Se Portugal ainda vier a diminuir o seu crescimento chegando mesmo à diminuição da população, tal como acontece com a Alemanha e a Itália, entrará então na 5ª fase do modelo de Thompson. Isto significa que a renovação de gerações não seria assegurada e que o número de habitantes começaria a decrescer cada vez mais, a não ser que existisse uma inversão desta tendência.
    Conclui-se assim que um crescimento tão reduzido pode ter variadas consequências na sociedade que conhecemos hoje, e que é necessário que exista uma alteração neste comportamento.

    Marta Serra nº18 12ºD

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  2. A notícia seleccionada pela aluna Marta Serra insere-se nos conteúdos programáticos abordados nas aulas de Economia C.

    Neste sentido, a notícia refere-se ao decréscimo acentuado do crescimento da população em Portugal, que diminuiu de 0.17% em 2007, para 0.09% em 2008, segundo dados provenientes do Instituto Nacional de Estatística (INE).

    Este decréscimo deve-se a factores como a emancipação da mulher, a generalização do uso de métodos contraceptivos, os avanços na medicina ou mesmo à crise económica que assola Portugal à 2 anos.

    As regiões do Alentejo e Centro têm revelado um decréscimo populacional em virtude do elevado envelhecimento demográfico. No que refere às regiões de Lisboa e do Algarve, estas apresentam um crescimento de 0.86% e 0.39%, respectivamente.

    A imigração tem sido um fenómeno importante para a manutenção do saldo positivo no que se refere ao crescimento populacional.

    Tal como podemos concluir segundo a notícia e os conhecimentos adquiridos na aula de Economia, Portugal é um país que se situa na fase 4 de crescimento populacional, segundo uma teoria criada por Warren Thompson, mas revela uma tendência de passagem à fase 5, não contemplada no modelo de transição demográfica de Thompson, caracterizada pela diminuição da taxa de natalidade abaixo da taxa de mortalidade, o que originará um crescimento demográfico negativo, característico de países como Itália.

    Inês Santos, nº7

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  3. A noticia refere-se ao estado do crescimento da população portuguesa que é quase nulo.

    Portugal tem vindo a denotar um envelhecimento demográfico, como resultado do aumento da longevidade e de declínio da fecundidade. O aumento da longevidade deve-se sobretudo aos avanços que se tem verificado na medicina, e ao avanço tecnológico neste sector, o que tem contribuído para o aumento da esperança media de vida. Relativamente á diminuição da fecundidade aponta-se como principais causas a emancipação da mulher, alteração dos padrões culturais, é também fruto da sociedade de consumo em que vivemos, em que os casais não querem perder qualidade de vida para ter um filho. Esta tendência pode ser catastrófica para a economia de um pais, pondo em causa o sistema de segurança social nacional, fazendo com que tenhamos uma população envelhecida e por isso pouco dinâmica e com uma reduzida capacidade de inovação.

    É por isso importante que o governo aposte em politicas de incentivo á natalidade de modo a termos uma população jovem, dinâmica e empreendedora.

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