sábado, 23 de janeiro de 2010

Notícia da Semana 22/01/2010 - Mariana Cruz

Os riscos que o mundo enfrenta em 2010
Eudora Ribeiro
18/01/10 13:35

Prevê-se um aumento da criminalidade a nível mundial, tanto ao nível da corrupção, como de crimes ambientais e actos terroristas.
O Fórum Económico Mundial traça um cenário pessimista para a economia mundial este ano e aponta vários riscos e desafios económicos, geopolíticos, ambientais e sociais.
Segundo o relatório "Global Risks 2010" do World Economic Forum (WEF), a actual crise económica vai fazer-se sentir no longo-prazo, "o que provoca riscos pesados a nível mundial" para este ano, nomeadamente o aumento do desemprego e outros factores consequentes como "a falência dos sistemas de segurança social, aumento da insegurança e migração descontrolada".
O documento revela que os actuais modelos de saúde, educação e protecção contra o desemprego foram colocados sobre grande pressão pela crise e que existe uma tendência crescente para o desinvestimento em infra-estruturas, o que aumenta a fragilidade das populações mais pobres face às catástrofes naturais, epidemias ou pandemias.
Também o risco de desastres naturais é crescente, devido à maior fragilização dos sistemas ecológicos, cujas consequências vão desde as epidemias às dificuldades de abastecimento de água potável e alimentos das populações mais pobres, precisamente as que mais irão sofrer com as mudanças climáticas, devido à falta de infra-estruturas.
Outro dos riscos que o mundo enfrenta é o crescente envelhecimento da população e o aumento da esperança média de vida, o que acarreta o aumento do número de casos de doenças crónicas. São factores que vão traduzir-se em mais custos com a sáude, alerta o Fórum Económico Mundial.
O número de pessoas afectadas pela fome também deve aumentar este ano, quer devido a factores ambientais quer devido à volatilidade do preço dos alimentos, e prevê-se ainda um aumento da criminalidade a nível mundial, tanto ao nível da corrupção, como de crimes ambientais e actos terroristas.
Os 10 riscos económicos que o mundo enfrenta:
• 1) Subida e volatilidade dos preços dos alimentos vai penalizar os consumidores mundiais, sobretudo os mais pobres.
• 2) Aumento dos preços do petróleo coloca pressões renovadas sobre as economias mais dependentes desta matéria-prima, assim como aumentam as tensões geopolíticas.
• 3) Desvalorização do dólar norte-americano terá impacto negativo no sistema económico e financeiro mundial, que já estão enfraquecidos.
• 4) Abrandamento do crescimento da economia da China para 6% ou menos vai penalizar a retoma da economia global, visto que o país é um dos principais importadores de matérias-primas do mundo.
• 5) Crise orçamental: um elevado endividamento dos países conduz a um aumento dos juros, pressões inflacionárias e crise no mercado de dívida pública.
• 6) Colapso do sistema financeiro: uma quebra do valor dos activos financeiros nas economias emergentes conduz à destruição da riqueza, desalavancagem e à quebra do consumo privado.
• 7) Barreiras à globalização por parte de economias desenvolvidas: várias economias desenvolvidas adoptam medidas que criam barreiras à livre circulação de alimentos, capital e trabalhadores.
• 8) Países emergentes adoptam medidas proteccionistas e falham no estabelecimento de estruturas internacionais para enfrentar desafios globais.
• 9) Consequências indesejadas da regulação: se não for equilibrada, a regulação pode ter consequências indesejadas nas estruturas do mercado e nas próprias condições de concorrência, distorcer a distribuição do capital e limitar o investimento dos agentes e poder de inovação.
• 10) Desinvestimento em infra-estruturas: a quebra do investimento em infra-estruturas penaliza o crescimento e desenvolvimento económico
O relatório foi elaborado em parceria com o Grupo MMC, que colabora com o WEF, através das suas participadas Marsh, Mercer e Oliver Wyman.

In: Diário Económico Online

3 comentários:

  1. A notícia refere-se aos 10 maiores riscos que o mundo vai enfrentar em 2010, sendo a maioria consequências da crise económica mundial. Estes riscos prendem-se com o aumento do desemprego e consequente a falência dos sistemas de segurança social, aumento da insegurança e migração descontrolada. Os actuais modelos de saúde, segurança social estão com grande pressão sobre eles, levando á diminuição do investimento em infra-estruturas, levando muitas populações a ficarem numa situação fragilizada, em situação de catástrofe natural, epidemias. Nos últimos anos, temos também assistido ao aumento das catástrofes naturais, e este crescimento irá manter-se em consequência da fragilização dos sistemas ecológicos, devido á tensão que o homem exerce sobre os recursos naturais. Esta pressão pode levar a dificuldade de abastecimento de bens primários como água e alimentos das populações mais pobres. São estes que mais sofrem com a pressão e os estragos dos mais desenvolvidos (aquecimento global), pois não tem uma estrutura suficiente, não só a nível de serviços, como infra-estruturas, para aguentar desastres.
    Fala-nos ainda de outro risco, o crescente envelhecimento da população, que não só contribui para o aumento dos encargos dos activos, como também ao aumento das despesas na área da saúde. Diz-nos ainda que o número de pessoas afectadas pela fome também deve aumentar este ano, quer devido a factores ambientais quer devido à volatilidade do preço dos alimentos, e prevê-se ainda um aumento da criminalidade a nível mundial, tanto ao nível da corrupção, como de crimes ambientais e actos terroristas.
    Devemos também destacar a crise orçamental, pois os países estão com um grande endividamento externo, tendo inúmeras consequências para a população, e não menos importante a tendência que pode por em causa todo o funcionamento económico: Barreiras à globalização por parte de economias desenvolvidas: várias economias desenvolvidas adoptam medidas que criam barreiras à livre circulação de alimentos, capital e trabalhadores ) e os Países emergentes adoptam medidas proteccionistas e falham no estabelecimento de estruturas internacionais para enfrentar desafios globais. Estas acções tem de ser impedidas, pois problemas globais, devem resolver-se em coesão mundial, de modo a diminuir os custos, um país estabelecer medidas destas leva, não só á quebra do sistema de trocas como á ruína de muitos sistemas financeiros, na era global em que vivemos, muitos países estão dependentes de outros.
    Por fim alerta-nos para as consequências indesejadas da regulação pois se não for equilibrada, a regulação pode ter consequências indesejadas nas estruturas do mercado e nas próprias condições de concorrência, distorcer a distribuição do capital e limitar o investimento dos agentes e poder de inovação. Pondo em causa o crescimento e o desenvolvimento económico.
    Achei esta noticia relevante, pois engloba vários temas que tratamos em economia, nomeadamente globalização/proteccionismo , investimento/crescimento económico, e refere ainda a importância dos recursos naturais, e as consequências que a pressão humana tem sobre estes.
    Na minha opinião, para enfrentar estes riscos é necessário primeiro que cada um de nos comece a tomar medidas para prevenir as alterações climáticas e tenha em consideração a pressão que está a causar em certos recursos, e isto passa também por medidas políticas, algumas já tem sido tomadas, de que o protocolo de kioto é exemplo.
    É ainda necessário que todos os países cooperem uns com os outros, em vez de se fecharem ao exterior, pois num mundo globalizado e com rede económica toda ligada, o fechar de uma porta pode implicar o desmoronar de todo um conjunto de economias.

    Mariana Cruz Nº15

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  2. Esta notícia aborda os 10 maiores riscos para o ano de 2010, resultado da actual crise económica, previstos pelo Relatório "Global Risks 2010" do World Economic Forum (WEF).

    É referido que o desemprego irá aumentar, que os actuais modelos de saúde, educação e protecção contra o desemprego serão colocados sobre grande pressão pela crise e que existe uma tendência crescente para o deixar de investir em infra-estruturas.

    É igualmente mencionado que o risco de catástrofes naturais sofrerá um incremento, que o envelhecimento da população se encontra numa fase crescente e que aumentará a esperança média de vida e que a pobreza e a criminalidade seguirão o mesmo rumo.

    Segundo o Fórum Económico Mundial os 10 maiores riscos consistem na subida e volatilidade dos preços dos alimentos, no aumento dos preços do petróleo, na desvalorização do dólar norte-americano, no abrandamento do crescimento da economia da China para 6% ou menos, num elevado endividamento dos países (crise orçamental), num colapso do sistema financeiro: uma quebra do valor dos activos financeiros nas economias emergentes, na criação de barreiras à globalização por parte de economias desenvolvidas, na adopção de medidas proteccionistas por parte dos países emergentes e na falha no estabelecimento de estruturas internacionais para enfrentar desafios globais, o aparecimento de consequências indesejadas da regulação e, por último, o desinvestimento em infra-estruturas.

    Na minha opinião este cenário revela-se demasiado “negro”, tendo em conta que após este longo período de crise económica tudo indicaria que surgisse um novo ano de recuperação, não só ao nível da economia, mas também do modo de vida de diversas classes sociais que tiveram que ajustar-se à situação de crise com que Portugal se deparou.

    Neste sentido, e perante esta conjuntura podemos tentar inverter esta situação tomando alguns medidas, tais como uma maior aposta em energias renováveis que substituam a utilização excessiva do petróleo, o que contribuirá também para reverter a situação de escassez de recursos e criar postos de trabalho neste sector, acrescendo a redução dos valores do IVA de forma a o mercado português se tornar competitivo ao nível internacional e, consequentemente, aumentar o volume de exportações.

    Em suma, a crise mundial teve efeitos indesejados que se continuam a verificar, pondo em risco diversos sectores, levando à desvalorização de moedas, desaceleração de crescimento de países e desinvestimento em infra-estruturas, o que compromete o desenvolvimento à escala mundial, visto que todos os países vivem ligados através de uma rede, sendo que quando acontece algo a um país, isso repercutir-se-á nos outros. Como exemplo disto podemos considerar esta crise que surgiu no mercado imobiliário norte-americano e que se propagou tão rapidamente por todo o mundo.

    Inês Santos

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  3. Esta notícia é referente aos 10 maiores riscos que, de acordo com os autores, o mundo vai ter de enfrentar, em 2010. Entre estes 10 riscos, muitos são os que estão interligados directamente com a economia mundial, e a actual situação de crise no mundo.
    Eu acho que a noticia foi muito bem escolhida, visto que, recentemente, vimos o filme "Uma Verdade Inconveniente", do Al Gore, no qual eram referidos problemas tais como as catástrofes naturais a nível mundial, a escolha entre o desenvolvimento e crescimento económico versus planeta, a nível do ambiente, etc.
    Apesar de não ter um ponto de vista tão pessimista, concordo que alguns destes riscos podem vir a tornar-se uma realidade no ano de 2010.
    Esta notícia envolve, também, alguns aspectos mais específicos, relativamente ao que abordámos nas aulas, tal como divida pública; livre circulação de bens, pessoas e capitais; medidas proteccionistas; regulação; etc.
    Na minha opinião, o Al Gore tem razão, quanto à metáfora que no seu filme utiliza entre as rãs e as pessoas, por isso, defendo que, no caso do preço do petróleo aumentar rapidamente, os cientistas, prontamente, começarão a criar uma solução para o problema da dependência no petróleo, o que será benéfica a nível ambiental, e, a longo prazo, a nível económico.
    É verdade, também, que há agora mais catástrofes naturais do que havia em tempos passados, e que isso pode ter em muito haver com a acção do Homem, mas, isso pode deixar de ser um risco, pela acção do Homem.
    Gostei da notícia, apesar de discordar em alguns aspectos, e espero que continuem a haver noticia assim.

    Luis Menino, nº10

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