sábado, 10 de outubro de 2009

Notícia da Semana

Crédito malparado atinge máximos de 1998
21 Setembro de 2009

O crédito malparado continua a aumentar em Portugal. Em Julho atingiu máximos do final da década de 90, com o incumprimento no crédito à habitação em níveis recorde, revelando a incapacidade das famílias em suportar os custos com os imóveis. Ao mesmo tempo, a concessão de crédito regista um forte abrandamento.


De acordo com os dados do Boletim Estatístico hoje divulgados pelo Banco de Portugal, as famílias portuguesas deviam, em Julho, um total de 3,6 mil milhões de euros à banca, o que representa 2,72% do volume de empréstimos concedidos. Ou seja, o peso do crédito malparado já supera os 2,5% e atingiu o nível mais elevado desde Outubro de 1998.

A contribuir para esta evolução estiveram todos os segmentos.

Na habitação, o peso do malparado tocou nos 1,70%, um valor nunca antes observado. Mas não é só com a habitação que os portugueses estão a ter dificuldades em cumprir os pagamentos à banca. Aliás este é mesmo o segmento onde o peso do malparado é menor, até porque este é o último bem que uma família deixa de pagar o crédito associado.

No crédito ao consumo, as famílias portuguesas devem já 6,72% do total dos empréstimos concedidos pelas entidades financeiras. Este é também o valor mais elevado desde que Banco de Portugal começou a compilar os dados (1997).

Ao mesmo tempo que o incumprimento aumenta, a concessão de crédito abranda. A taxa de variação homóloga dos empréstimos à habitação fixou-se nos 1,3%, em Julho, o nível mais baixo desde 2004. Uma prova da dificuldade em conseguir actualmente um empréstimo junto das instituições bancárias.

in JornaldeNegocios.pt
André Castilho, nº4

7 comentários:

  1. Em primeiro lugar, escolhi esta notícia pois esta enquadra-se em muitos aspectos estudados e falados já este ano em economia.

    O crédito malparado é uma situação preocupante, sendo uma situação que ocorre quando as pessoas recorrem aos bancos pedindo empréstimos, não conseguindo, porém, pagar os juros inerentes a estes.

    Segundo dados do relatório do Banco de Portugal, as famílias portuguesas devem um total de 3,6 mil milhões de euros à banca, o que equivale a 2,72% do volume de empréstimos concedidos. O peso do crédito malparado já supera os 2,5%, atingindo assim o máximo desde Outubro de 1998.

    As causas deste incumprimento provêm, em parte, da crise económica e o desemprego, pois estes são factores que levam a que os portugueses não tenham dinheiro para pagar os empréstimos aos bancos.

    Com o agravar da crise, o desemprego sobe e, por via disso, muitas famílias entram em incumprimento. É um dos D´s, dos 3 D´s (Desemprego, Doença e Divórcio) habitualmente apontados como as principais causas do incumprimento.

    Portanto retiram-se conclusões no que toca à forma como se pode combater este fenómeno, coisas como o aumento do emprego, gerando mais rendimento às famílias, e assim mais dinheiro disponível para o pagamento de juros consequentes dos empréstimos (mas estando este muito ligado à melhoria da economia, pois sem uma saída da crise económica mundial em que vivémos, não pode haver um aumento de emprego, pois ou se corta no número de empregados, ou nos salários recebidos, sendo a opção mais optada pela maioria das empresas a primeira opção) assim como a saída da crise, com o melhoramento da economia.

    Em conclusão, se não conseguirmos virar a página quanto à crise mundial em que estamos, é muito provável que este endividamento das famílias continue assim ou tenda a piorar, pois as famílias portuguesas não têm maneira de pagar os mesmos empréstimos pedidos alguns anos atrás, quando a nossa economia estava ainda estável.

    André Castilho nº4

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  2. O crédito malparado é uma situação preocupante não só para as Famílias, mas também para a situação económica do nosso país. Estes dados provam a incapacidade dos portugueses em pagarem os juros dos empréstimos que pedem a bancos. Mas a falência dos Bancos, por falta de Rendimentos, não é e não pode ser a única preocupação do Estado.
    Se as Famílias não conseguem pagar juros, também não conseguem consumir nem poupar, já que uma está ligada à outra. Se não há consumo (privado), a produção também diminui já que as empresas não vão produzir para depois terem extremas dificuldades em escoar o seu produto. Tudo isto leva a graves consequências: falência de empresas, desemprego, desmobilização das grandes empresas multinacionais do nosso país e a descida do PIB.
    Para solucionar este problema, o BCE está a descer as taxas de juro, incluindo também a Euribor, o que prevê aumentar o rendimento disponível das Famílias e também o consumo. Esta poderá ser a resposta imediata à crise mundial em que vivemos.

    Ana Rita Eiras, nº3

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  3. O crédito mal parado é uma situação que resulta da falta de líquidez por parte das famílias (por motivos de aumento da taxa de juro, perda de emprego, sobre-endividamento, etc.), o que as leva a não terem capacidade para cobrir os juros inerentes aos empréstimos concedidos.
    Esta é uma situação muito recorrente nos dias de hoje, em que a crise está presente na maior parte da vida das familías de médio e baixo rendimento.
    Segundo esta notícia, o crédito mal parado tem aumentado, tendo registado o valor mais elevado da última década.
    É no crédito ao consumo que estão presentes os valores mais elevados, revelando que as famílias devem cerca de 6,72% do total dos empréstimos concedidos pelas entidades financeiras.
    No entanto, enquanto o incumprimento aumenta, a concessão de crédito diminui.
    Penso que para melhorar esta situação é necessário que as taxas de juros baixem, que sejam concedidos períodos de carência, que sejam alargados os períodos de pagamento de empréstimos e, por fim, que se gere emprego.
    Estas são as soluções que penso serem as mais eficazes para aumentar o rendimento disponível das famílias, de modo a que estas possam contribuir para a melhoria da nossa economia.

    Marta Freitas nº17

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  4. Esta notícia faz referência ao crédito mal parado, que consiste numa situação provocada pela concessão de um crédito que acaba por não ser pago devido à falta de meios financeiros por parte de quem o solicita.
    Este fenómeno tem vindo a aumentar desde o início da sociedade de consumo, sendo Julho de 2009, o período mais grave no incumprimento do pagamento de crédito, designadamente à habitação. Paralelamente a este facto, a concessão de crédito registou uma forte diminuição.
    Segundo dados fornecidos pelo Boletim Estatístico publicados a 21 de Setembro de 2009 pelo Banco de Portugal, as famílias deviam, no mesmo período considerado no incumprimento dos empréstimos à habitação, cerca de 2,72%.
    É ainda referido que é o crédito ao consumo, o segmento que apresenta maiores dificuldades de pagamento à banca, registando uma dívida total de 6,72% do total dos empréstimos concedidos pelas entidades financeiras.
    Contrariamente a este segmento está o crédito à habitação, que regista 1,70%, sendo este onde o peso mal parado é menor.
    Por último, é mencionado que “a taxa de variação homóloga dos empréstimos à habitação se fixou nos 1,3%, em Julho, o nível mais baixo desde 2004.”
    Uma solução possível de combate está a ser adoptada pelo Banco Central Europeu, que consiste na descida das taxas de juro, o que contempla igualmente a Euribor, para que haja um incremento significativo no rendimento das famílias e, consequentemente, que incentive o consumo.
    Na minha opinião, penso que esta notícia se revela actual e bastante bem inserida na matéria leccionada devido ao facto de que o fenómeno em questão poderá ser provocado, por exemplo, por uma situação de pobreza, estudada na aula através do conceito de Índice de Pobreza Humana (IPH).
    Por fim, podemos concluir que a notícia se enquadra bem no âmbito de estudo e que retrata um situação bem conhecida por todos nós e adequada ao país em que vivemos.

    Inês Santos, nº9

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. A notícia fala-nos do crédito mal parado, que consiste numa situação provocada pela concessão de um crédito que acaba por não ser pago devido à falta de meios financeiros por parte de quem o solicita.
    O crédito mal parado tem vindo a aumentar em Portugal, pois vivemos numa sociedade de consumo, onde a população é alvo de estratégias de marketing que criam ilusão da necessidade de algo nos consumidores. Isto leva a que os consumidores, queiram consumir mais, nestas alturas aparecem entidades bancárias com facilidade de cedência de crédito. Fazendo as famílias, endividarem-se.
    Na noticia é ainda referido que o crédito habitação é o segmento onde o peso do malparado é menor, até porque este é o último bem que uma família deixa de pagar o crédito associado.
    Se as famílias, não estão a conseguir pagar os créditos que pedem, podemos dizer o que o Índice de Pobreza humana-2 (uma vez que Portugal é um país desenvolvido) está também a aumentar. Como o IPH-2 está a aumentar em Portugal, isto diz-nos que tem havido uma diminuição do rendimento disponível e consequentemente do nível de vida.

    Podemos ainda constatar, que o facto de o rendimento disponível ser menor, faz com que se consuma menos, sendo assim um desincentivo á produção. Pois quanto maior é o consumo maior é a produção e a produtividade. Com o consumo a diminuir, o PIB diminui, e não crescimento económico.
    O facto de existir um aumento do crédito mal parado, põe também em causa a actividade das instituições bancárias. Sendo que estas, têm de restringir os empréstimos.
    É por isto, necessário que o Banco Central, estabeleca os juros da melhor forma, de modo a que todas as familias possam pagar os seus créditos e que os consumidores tenham noção do que realmente podem e não podem pagar, devendo assim haver mais movimentos consumeristas.

    Mariana Cruz 12ºD

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  7. A notícia retirada do Jornal de Negócios retrata uma situação que se verifica em Portugal, que consiste no incumprimento do pagamento do crédito concedido. Como contrapartida de qualquer crédito, o indivíduo que recorre a esse meio tem, como obrigação, de pagar os juros correspondentes a esse mesmo empréstimo. O que se verifica é que ultimamente, o crédito malparado tem aumentado significativamente, registando o seu ponto culminante em Julho de 2009.

    Segundo a notícia, o crédito malparado atinge o seu valor mais alto desde Outubro de 1998. Este valor deve-se não só à falta de pagamento do crédito à habitação mas sobretudo do crédito ao consumo. Como está indicado no texto, "no crédito ao consumo, as famílias portuguesas devem já 6,72% do total dos empréstimos concedidos pelas entidades financeiras".
    Esta situação verifica-se uma vez que as famílias não têm capacidade financeira para pagarem os juros dos créditos, ficando portanto a dever à banca os montantes acumulados.

    Com esta notícia pode-se ainda relacionar o endividamento das famílias, que é cada vez maior. O endividamento das famílias portuguesas atingiu o seu valor mais elevado dos últimos 13 anos em 2007, sendo 129% do rendimento disponível dos particulares, segundo o Relatório de Estabilidade Financeira de 2007.

    Uma das principais causas para o aumento do crédito malparado prende-se com o aumento consecutivo do desemprego. Para que se inverta a situação, o aumento do emprego seria a melhor estratégia, uma vez que as famílias aumentariam o seu rendimento disponível e consequentemente teriam as condições para pagar os juros inerentes aos créditos. Penso ainda que é necessário que as famílias só recorram a créditos de uma forma ponderada, racional e quando necessário. Por outro lado, as famílias têm de gerir os seus rendimentos de modo a pagarem as suas dívidas. Uma vez que a população não o consegue, o Banco Central Europeu poderia baixar as taxas de juro activas, de modo a facilitar esse mesmo pagamento.


    Marta Serra nº 18 12ºD

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